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Top 10 Habilidades Indispensáveis para o Profissional do Futuro

Por Cleber Visconti – COO | Partner @ Baymetrics

Durante as aulas do curso de Sistemas de Gestão da Produção e Estoque na Oswaldo Cruz, procuro sempre utilizar o tempo do intervalo para compartilhar conteúdo relacionado a desenvolvimento profissional, liderança ou conjunto de habilidades importantes para o sucesso profissional e pessoal.

Esta semana discutiremos as 10 habilidades indispensáveis ao Profissional do Presente e principalmente do Futuro. Quanto mais olhamos para o futuro, mais percebemos que o ritmo acelerado do mercado de trabalho exigirá de todos nós um conjunto de habilidades essenciais. 

Segundo o relatório publicado no World Economic Forum (WEF), até 2020, 35% das habilidades mais demandadas para a maioria das ocupações deve mudar. As mudanças são justificadas no contexto da chamada 4a Revolução Industrial: era da robótica avançada, automação no transporte, inteligência artificial e aprendizagem automática. Esta é uma nova era em que a união de tecnologias digitais, físicas e biológicas modificará drasticamente não apenas o modo como vivemos, mas a maneira como trabalhamos.

Buscando compreender quais habilidades serão fundamentais para prosperar no mercado de trabalho do futuro, o WEF questionou especialistas em recursos humanos e em gestão estratégica das maiores empresas do mundo. O resultado foi preciso e desafiador.

A seguir, entenda as 10 habilidades que todo profissional vai precisar, em maior ou menor escala, para ter sucesso no trabalho ou como empreendedor:

As 10 Habilidades do Profissional do Futuro

  • Resolução de Problemas

  • ComplexosPensamento

  • Crítico

  • Criatividade

  • Gestão de Pessoas

  • Coordenação com os Outros

  • Inteligência Emocional

  • Julgamento e Tomada de Decisões

  • Orientação para Servir

  • Negociação

  • Flexibilidade Cognitica.

Vamos agora entender um pouco melhor cada uma destas habilidades em detalhes:

1.     Resolução de Problemas Complexos

No topo da lista, como a habilidade mais desejada, está a capacidade de resolução de problemas complexos — definida pelo relatório como a capacidade de “resolver problemas inéditos e mal definidos em contextos complexos e do mundo real”.

O profissional do futuro deverá ter a elasticidade mental para resolver problemas que nunca viu antes, e que podem ficar mais complexos a cada minuto. Os solucionadores de problemas complexos serão os profissionais mais demandados no futuro.

 

2. Pensamento crítico

Pensamento estruturado, capacidade de comunicação clara, habilidade de fazer as perguntas certas, de reconhecer o problema atrás do problema e de olhar para uma questão sob diferentes perspectivas define o conceito de pensamento crítico. No relatório, o pensamento crítico é definido como o uso da lógica e da racionalização para identificar forças e fraquezas de soluções alternativas, conclusões e abordagens a problemas.

 

3. Criatividade

Ser criativo é ser capaz de conectar informações aparentemente díspares e, a partir dessa conexão, construir novas ideias para apresentar algo “novo”. A avalanche de novos produtos e novas tecnologias vêm exigindo dos profissionais uma boa dose de criatividade para que possam se beneficiar de todas essas mudanças.

Mesmo com toda a ascensão da robótica avançada, as máquinas não têm – ainda – a capacidade criativa do ser humano. Logo, se a criatividade já é uma ferramenta importante no mercado de trabalho de hoje, nos próximos anos ela deverá se tornar uma habilidade imprescindível nas empresas.

 

4. Gestão de pessoas 

Independentemente de quantos empregos se tornem automatizados e do quão avançada fique a inteligência artificial, os funcionários sempre serão o recurso mais valioso de uma empresa. Seres humanos são mais criativos, sabem compreender melhor uns aos outros e são capazes de complementar as ideias e a energia uns dos outros. Mas por sermos humanos, também ficamos doentes, desmotivados e distraídos.

Por isso, é vital que, no futuro, gerentes e líderes saibam motivar suas equipes, maximizar sua produtividade e atender às suas necessidades.

Ser um bom líder tem muito a ver com inteligência emocional, saber delegar e desenvolver seu próprio estilo de gerenciamento.

 

5. Coordenação com os outros

Colaboração é fundamental em qualquer ambiente de trabalho e, nesse aspecto, os seres humanos conseguem se sair melhor do que as máquinas.

De acordo com o relatório da WEF, as organizações estão privilegiando a contratação de profissionais com fortes habilidades interpessoais, que sejam capazes de relacionar bem com colegas de trabalho e superiores – em suma, que saibam se coordenar com os outros.

A coordenação com os outros é uma habilidade social importante, que envolve saber se comunicar, trabalhar com pessoas de diferentes personalidades e, acima de tudo, lidar com as diferenças encontradas em cada uma delas.

Vale destacar que para líderes trata-se de uma competência crítica. É que aspectos ligados à colaboração e facilitação de processos são algumas das características que especialistas apostam como obrigatórias nos CEOs do futuro.

 

6. Inteligência Emocional

Ainda ausente no currículo acadêmico, a gestão das emoções é fundamental a profissionais. Segundo o economista espanhol José Ramón Pin, professor da IESE Business School, a gestão adequada das emoções é uma habilidade que pode fazer profissionais passarem pela crise com mais serenidade e sem perder o “espírito de luta”.

A importância dada à inteligência emocional é mais recente no imaginário corporativo. A competência não aparecia nas previsões de habilidades exigidas pelo mercado em 2015 e, agora, ocupa o sexto lugar na lista para 2020. Um dos aspectos que deve ser levado em consideração é o fato de que a inteligência artificial ainda passa longe de aspectos de gestão emocional.

A inteligência emocional compreende também identificar nossos próprios sentimentos, para que possamos nos motivar e gerir as emoções dentro de nós. É uma habilidade social importante para os gestores e líderes, que será muito demandada em todas as indústrias do futuro.

 

7. Julgamento e tomada de decisões

Diante do gigantesco volume de dados que as organizações estão reunindo nos dias de hoje, é cada vez maior a necessidade de profissionais com capacidade não apenas de ler e interpretar essas informações, mas também de tomar decisões cruciais.

O julgamento e tomada de decisões será uma habilidade ainda mais importante no mercado de trabalho. Os profissionais precisam examinar números, encontrar insights nas informações analisadas e utilizar cada vez mais o Big Data para tomar decisões estratégias nas empresas.

 

8. Orientação para Servir

As empresas de produtos alimentícios, serviços financeiros e tecnologia da informação estão sendo cada vez mais confrontadas com novas preocupações dos consumidores.

Dúvidas relacionadas à segurança alimentar e privacidade são frequentemente formuladas e, caso não sejam adequadamente respondidas pelas empresas, conduzem à perda de clientes, prestígio e reputação.

Definida como a capacidade de “procurar ativamente formas de ajudar as pessoas”, ter grande competência de orientação a serviços é colocar o holofote nos consumidores e antecipar quais serão suas necessidades no futuro.

Dominar a orientação a serviços envolve entrar nas mentes dos usuários e pensar sobre o que eles valorizam, temem e não gostam; bem como desenvolver novos produtos ou adaptar serviços para preparar sua empresa ou marca para o futuro.

 

9. Negociação 

Relacionar-se com pessoas é um constante negociar. Por isso, habilidades de negociação e conciliação de diferenças são importantes para todos os profissionais. Mas o relatório destaca as áreas de computação, matemática, artes e design como as que mais vão exigir bons negociadores.

A capacidade de negociar com colegas, gestores, clientes e equipes estará no alto da lista de habilidades desejáveis.

 

10. Flexibilidade cognitiva

A flexibilidade cognitiva envolve ampliar as maneiras de pensar, imaginando diferentes caminhos para resolver os problemas que surgem diante de nós. A habilidade compreende expandir os interesses pessoais e profissionais, sair da zona de conforto e se relacionar com pessoas que desafiam suas visões de mundo.

Quanto mais flexível uma pessoa é, mais facilmente ela será capaz de enxergar novos padrões e fazer associações únicas entre ideias. É esse tipo de atitude que as empresas do futuro estarão aguardando ansiosamente. 

Mas então como flexionamos nossos músculos cognitivos?

Aprendendo coisas novas e, em especial, aprendendo novas formas de pensar. Se você “não é do tipo criativo”, vá à luta para aprender um instrumento musical, começar a dançar hip-hop ou experimentar uma aula de arte. E se sua alma é criativa, mas sua visão fica turva quando ouve palavras como “mercados financeiros” ou “a economia”, faça com que seja sua missão ler o The Economist ou o The American Economic Review.

Amplie seus interesses, faça leituras fora de sua zona de conforto e conviva com pessoas que desafiem suas visões de mundo. Sua carreira (e seu cérebro) vai agradecer por isso!

Enfim, estas são habilidades definidas como essenciais para um futuro próximo, mas que já passaram a ser um diferencial competitivo no mundo atual. São habilidades essenciais não somente para profissionais (empregados) , mas também para empreendedores, que precisam estabelecer seu negócio em um mundo cada vez mais conectado, automatizado, de economias compartilhadas e muitas outras tecnologias e tendências que estão por vir.

A sacada é se manter informado, identificar suas áreas de oportunidade de desenvolvimento, “fortalecer suas fortalezas” (habilidades de melhor desempenho) e minimizar suas fraquezas, com muito foco e determinação.

Quais as habilidades que você vai desenvolver no próximo ano ? Qual o SEU plano para se tornar um profissional ainda mais qualificado e completo ?

Desejo sucesso em tudo que venha a realizar !